terça-feira, 18 de janeiro de 2011

alto-falante.

Às vezes a voz fica sufocada lá na garganta. Temos frases feitas e já pensadas e repensadas, depois de tantas hipóteses elaboradas eu ainda não tenho ideia de como falar. Com um sorriso tímido, eu murmuro alguma coisa baixa demais para ser ouvida. Porque, de fato, ninguém quer ouvir minha voz, mas eu nunca tentei gritar, apenas sussurro para os que querem ouvir. E acaba que você se torna uma boa ouvinte, que quer dar asas a voz da razão - não se trata do quão alto a sua voz está, e sim, o quão interessados os seus ouvintes estão.
Ora, e quando todos verem o que tenho pra falar, talvez vejam que minha voz não é tão rouca quanto parece, e que não sou muda, não senhor. Eu só prefiro poupar palavras para quem não sabe ouvir.
No final, eu coloco um sorriso no rosto, finjo estar feliz e somente os mais inteligentes saberão transformar aquilo em um sorriso de verdade. E também saberei dar voz a minha imaginação.
E quando eu estiver cansada de tanto falar, ainda terei papel e caneta na mão.

3 comentários:

  1. Sempre penso em mil coisas para comentar quando leio textos assim, mas no fim não sai nada... Acho que certos textos são tão subjetivos que cada um tem uma interpretação, e esse é um deles.
    Adorei.
    Um beijo!

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  2. Eu fico indignado quando depois de uma situação começam a surgir coisas que eu poderia ter falado. Mas a vida segue. Uma hora a gente aprende...

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  3. ahah, que querida *.*
    obrigada linda (:

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